Postado em 13 de novembro de 2017
Sonolência de dia e cochilos longos podem agravar Diabetes tipo 2
O dia 14 de novembro é lembrado como Dia Mundial da Diabetes, mas não há motivos para comemorações. Muito pelo contrário, uma pesquisa recente divulgada pelo Ministério da Saúde, divulgou que a Diabetes no Brasil cresceu 61,8% em dez anos. Nesse estudo, o Rio de Janeiro foi apontado como o estado com maior prevalência da doença com 10,4 casos para cada 100 mil habitantes. Seguido por Natal e Belo Horizonte (10,1), São Paulo (10), Vitória (9,7), Recife e Curitiba (ambos com 9,7). Além disso, estudiosos estão se desdobrando em buscas para conseguir entender a relação entre cochilos muito longos e sonolência durante o dia como fatores de risco para a Diabetes.
Dia Mundial da Diabetes como surgiu?
O IDF (Internacional Diabetes Federation) em parceria com o OMS (Organização Mundial da Saúde), criou uma campanha de conscientização contra a doença Diabetes em 1991, em resposta aos números alarmantes de diagnósticos pelo mundo.
Os fatores de risco: Cochilos longos e sonolência de dia
Apesar dos médicos repetirem a importância das noites bem dormidas e o poder regenerativo que isso implica no corpo humano, parece que a rotina cada vez mais corrida dos brasileiros está deixando muitas pessoas contando carneirinhos. O fato é que os cientistas têm observado que o hábito de dormir menos de 8 horas por noite aumenta o risco de desenvolver ou agravar o diabetes tipo 2.
Um estudo realizado pela Universidade de Tóquio no Japão, mostra que as pessoas com sonolência excessiva durante o dia ou que ainda tiram grandes cochilos por horas, apresentam mais chances de ter complicações metabólicas. Esse tipo de sonolência e longos cochilos podem ser consequência de distúrbios do sono durante a noite, como a apneia obstrutiva do sono.
Por que isso acontece?
Um dos hormônios produzidos durante o sono é a leptina, responsável pelo controle da saciedade. Ou seja, se um indivíduo não possui uma boa noite de sono, terá uma hipersecreção de leptina, o que pode acarretar em uma maior necessidade de ingestão de alimentos, principalmente, os carboidratos. Esse fato, por tabela, pode agravar a obesidade que é um dos principais fatores de risco para o aparecimento da diabetes tipo 2.
Para o gerente comercial e fisioterapeuta da Santa Catarina, Oberdan Araujo, uma pessoa que dorme pouco acaba desenvolvendo uma desregularização no apetite e passa a comer mais. “A apneia do sono piora o status da síndrome metabólica e provoca estímulos de estresse. Com a redução de horas de sono, aumenta-se o risco de desenvolver diabetes e obesidade, pois ocorre uma excessiva ingestão alimentar e a uma diminuição no gasto energético. Por isso mesmo, é tão importante a higienização do sono, já que que se torna essencial na manutenção do estado físico, nutricional e mental”, afirma.